O crescimento da Psicoterapia Online e a adaptação da Terapia Cognitivo Comportamental a esta nova modalidade
26/08/2024Hans Selye, endocrinologista, ganhou título de “Pai do estresse” por compartilhar os resultados de seus estudos e aprofundamento sobre está condição. Em suas pesquisas, ele definiu o estresse como uma resposta não específica do corpo a qualquer demanda ou mudança, que ele chamou de “síndrome geral de adaptação” (SGA).
Ele diz que existem três fases do estresse:
1- Reação de Alarme: Nesta fase inicial, o corpo reconhece o “estressor” e ativa o sistema nervoso simpático, resultando na liberação de hormônios como adrenalina e cortisol. Isso faz com que o corpo fique em estado de alerta, igual ao de quando se esta com medo.
2- Fase de Resistência: Se o estressor persistir, o corpo tenta adaptar-se e resistir aos efeitos do estresse. Durante essa fase, pode haver uma mobilização de recursos para enfrentar a situação, mas isso pode levar a um desgaste físico e emocional se o estresse for prolongado.
3- Fase de Exaustão: Se a situação persistir, o corpo pode entrar em um estado de cansaço intenso, onde as reservas de energia se esgotam, a memória e sistema cognitivo são afetados, aumentando também o risco de problemas de saúde físicos e mentais.
No consultório, é possível passar exercícios que ajudem pacientes que tenham um estresse mais crônico.
Relaxamento muscular progressivo (PMR): O estado de estresse tenciona os músculos. Muitas vezes o paciente anula a percepção corporal e quando realiza o exercício tem alívio imediato. A técnica consiste em contrair e relaxar os músculos do corpo, dando início aos músculos da face até chegar aos dedos dos pés. É importante que o paciente contraia os músculos por 15 segundos e depois os solte devagar percebendo o alívio da tensão. Deve manter assim por 30 segundos antes de começar novamente.
Elevação das pernas: Elevar as pernas faz com que o sangue chegue mais rápido à cabeça, fortalecendo as funções cerebrais e tira a tensão da coluna deixando o centro do corpo mais relaxado. A posição consiste que a pessoa fique deitada num colchonete no chão e eleve as pernas num banco ou cadeira se mantendo assim numa meditação de pelo menos 5 minutos.
Respiração diafragmática: A respiração de um corpo em alerta por conta de estresse normalmente acontece pelo tórax. Em consulta, é possível, junto ao paciente trabalhar esse comportamento, explicando que a respiração pelo tórax está acontecendo por conta do estresse e ansiedade, e trabalhar a respiração pelo diafragma. Nesse exercício o paciente deve focar em respirar usando apenas a área do abdômen, inspirando pelo nariz, segurando o ar por 10 segundos e soltando o mesmo pela boca lentamente por cinco vezes.
Repetir esses exercícios duas vezes ao dia cria uma atmosfera de alívio e seus resultados conferem no mesmo momento, já que causa sensação de bem-estar e diminuir a frequência cardíaca. Ensinar diferentes técnicas de relaxamento, além de diminuir crises, insônia e a falta de atenção, pode fortalecer o elo de psicólogo e paciente, favorecendo a melhores resultados dentro das sessões, independente da abordagem.