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13/08/2018O desenvolvimento de habilidades sociais em conjunto com a educação socioemocional e sua relação com o stress e problemas de comportamento na adolescência
Autores:
FELSIBERTO, Angela Tessaro[1]
PALMA, Priscila de Camargo[2]
A adolescência é marcada pela necessidade de integração social, desejo de autonomia, autoafirmação e diversas mudanças. Ela se torna uma fase vulnerável devido à presença de emoções contraditórias, alterações físicas, biológicas e psicológicas. As dificuldades interpessoais ocorrem em função do repertório de habilidades sociais empobrecido, principalmente em termos de empatia, expressão de sentimentos e resolução de problemas. Contudo, esta é a fase ideal para qualificar e desenvolver o repertório de habilidades sociais. Em função das modificações cognitivas e afetivas durante a adolescência, fatores emocionais, tais como autoestima e a capacidade de regulação emocional, são importantes para a promoção de saúde e qualidade de vida. O desenvolvimento socioemocional contribui para aprendizagem de emoções, possibilitando a prática de atitudes e habilidades com foco em regulação emocional, demonstração de empatia, estabelecimento de relações positivas e respostas adequadas às frustrações, angústias e medos, adquirindo capacidade de resiliência. Este estudo teve como objetivo treinar e fortificar o repertório de habilidades sociais e aprendizagem da educação socioemocional em adolescentes. A pesquisa visou entender a relação do stress e de problemas de comportamento com o desenvolvimento de habilidades. Participaram do levantamento cinco adolescentes: três do sexo masculino e duas do sexo feminino, os quais apresentavam idade entre 11 e 15 anos (M=12,4; Dp=1,5). Apoiou-se no Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA) e a Escala de Stress para Adolescentes (ESA) como medidas da eficácia da intervenção. Foram realizados 15 encontros semanais, nos quais se utilizou uma versão adaptada do protocolo proposto por Neufeld et al. (2014). Como resultado, observou-se que os comportamentos externalizantes (agressividade física ou verbal) e internalizantes (padrões de ansiedade, fobia social, isolamento e baixa autoestima e autoconceito), gerados a partir de cargas sociais e econômicas, foram amenizados a partir do treinamento. Conclui-se que, o treinamento de habilidades sociais e aprendizagem da educação socioemocional, contribuiu para a diminuição do nível de stress e dos problemas de comportamento da amostra, tornando evidente o benefício haurido por cada participante, seja na autoestima, autonomia ou integração social.
Palavras-chave: habilidades sociais; desenvolvimento socioemocional; estresse; problemas de comportamento.
[1] Especialista em Terapia Cognitiva pelo Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva (IPTC).
[2] Orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso do Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva (ITPC). Doutoranda da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto (FFCLRP-USP).