Lista de Distorções Cognitivas: Descubra agora! [com tabela]
21/01/2022Distorções Cognitivas e Respostas Alternativas: Conheça as principais
27/01/2022A dificuldade de processamento de informações aparece na forma de distorções cognitivas, que nada mais são do que maneiras distorcidas de interpretar um acontecimento e as emoções provocadas por ele.
A depressão, por exemplo, pode ser entendida como um transtorno em que o paciente tem a chamada “visão de túnel”, tendo dificuldade para absorver o ponto positivo das informações com as quais tem contato.
Por mais simples que o conceito possa parecer, as distorções cognitivas são, na sua maioria, imperceptíveis para o paciente. Isso porque ele acredita estar diante de um fato, não de uma dificuldade de interpretação.
Continue a leitura para entender como as distorções cognitivas são manifestadas.
O que são distorções cognitivas
As distorções cognitivas são maneiras distorcidas com que as pessoas interpretam as situações a que são submetidas. Elas podem ser entendidas como uma espécie de pensamentos sabotadores ou até mesmo baixa autoestima.
O ponto chave da definição de distorção cognitiva é entender que se trata de uma forma errônea de interpretar a situação, processando-a de forma desproporcional a que ela realmente aconteceu. Dessa forma, quando algo acontece ou alguma informação é passada, são produzidos inúmeros sentimentos negativos.
Contudo, ainda que as pessoas confundam a distorção cognitiva com a baixa autoestima, as distorções cognitivas vão muito além disso. A depressão é um transtorno que tende a produzir muitas distorções cognitivas, pois o paciente não consegue processar as informações de forma assertiva.
O princípio por trás das distorções é simples: a maneira pela qual uma pessoa interpreta as situações cotidianas está diretamente relacionada aos seus pensamentos automáticos, sejam eles positivos ou negativos, considerando a ação desse pensamento sobre as emoções e o comportamento.
Há uma relação direta entre os pensamentos, os sentimentos e as reações emocionais, ou seja, os comportamentos resultantes desta relação. Nesse sentido, qualquer alteração de um dos componentes implica na alteração dos resultados de tudo o que está envolvido nesse processo.
Tipos de distorções cognitivas
As distorções tendem a promover a auto sabotagem, deixando o paciente sem confiança. Se não forem percebidas ou até mesmo desconsideradas, podem potencializar o medo do paciente, podendo prejudicar o círculo social e as demais esferas da vida do indivíduo.
O primeiro passo para lidar com elas de forma mais saudável, é saber identificá-las. Seguem algumas das mais comuns:
1. Personalização
Nesse caso, a pessoa se sente completamente responsável pelos acontecimentos. Para ela, a única responsável pelo resultado daquele acontecimento é ela mesma. Se um relacionamento não dá certo, por exemplo, a pessoa acredita que foi por culpa dela.
2. Filtro mental
Consiste em focar nos aspectos negativos e ignorar o restante da informação. O negativo é filtrado e absorvido, ao passo que o positivo é esquecido. Um exemplo disso é quando uma pessoa faz um trabalho que agrada a todos. Porém, se uma pessoa criticar negativamente, é a única coisa que a pessoa irá lembrar.
Esta distorção também aparece quando acreditamos que se algo aconteceu uma vez, acontecerá em todas as outras vezes da mesma forma, tendendo sempre para o negativo.
3. Maximização e minimização
Essa distorção cognitiva refere-se à maximização dos próprios erros e os acertos dos outros, além de minimizar os próprios acertos e os erros dos outros. Dessa forma, a pessoa não se importa se fez algo várias vezes certo no passado, mas o erro único irá determinar a sua competência e sucesso.
4. Pensamento dicotômico
Consiste na valorização máxima dos acontecimentos, sem considerar os aspectos intermediários que fazem parte daquele momento. A pessoa tende a classificar as coisas como extremos opostos, ou seja, verdadeiras ou falsas. Se ela se esforça para algo e não atinge o que considera como perfeição, ela entende que o esforço não valeu para nada.
5. Catastrofização
Ocorre quando a pessoa prevê o futuro de forma negativa, desconsiderando as outras probabilidades de resultado. Numa dinâmica de casal, por exemplo, se o namorado não atende as ligações que ela faz, provavelmente colocará como verdade que está sendo traída e que terminarão por causa disso.
6. Generalização
É uma distorção cognitiva caracterizada pelo ato da pessoa em generalizar o que aconteceu em um caso, para todos os outros, independente do nível de semelhança com o primeiro. A lógica que a pessoa segue é que se uma vez foi verdade, será sempre assim. Muitos pacientes apresentam a generalização através das falas: “Nada de bom nunca acontece comigo”; “Nunca me vou casar”; “Eu nunca termino o que começo”; “Eu jamais vou conseguir deixar de fumar”; “Nunca vou conseguir crescer profissionalmente”.
7. Raciocínio emocional
Refere-se à suposição de que as emoções refletem as coisas como elas são, ou seja, a pessoa acredita que o que ela sente é a razão pura. Se ela se sente incapaz por ter dificuldade em realizar uma atividade, ela entende que é uma verdade absoluta o fato dela ser incapaz em realizar aquela atividade.
Podem ser consideradas como crenças rígidas e inflexíveis de como a própria pessoa ou os demais deveriam ser. As exigências concentradas em na própria pessoa favorecem a autocrítica, enquanto as voltadas aos outros favorecem a raiva, a ira e a agressividade.
8. Leitura da mente
Refere-se ao fato da pessoa afirmar que determinadas suposições são certas, ainda que não exista nenhuma comprovação que a sustente. É uma pessoa que acredita saber o que os outros pensam e o motivo pelo qual se comportam de tal maneira. Nesse conceito, são pensamentos do tipo “O que ele quer é me deixar nervoso!”, “Ele só tem interesse no meu dinheiro”
9. Rotulagem
Utilizar rótulos pejorativos para se descrever, ao invés de considerar também os acertos cometidos, qualidades e potencialidades. É dizer “sou inútil” invés de “cometi um erro, mas vou fazer melhor da próxima vez”.
A terapia é uma grande ferramenta para diminuir a força das distorções cognitivas, diminuindo o impacto negativo que originam. É importante estar atento para as distorções que forem sendo firmadas ao longo do caminho, pois é através da identificação que se torna possível o tratamento.
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