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30/12/2020A síndrome de burnout, também conhecida como esgotamento profissional, é um estado mental de estresse extremo e crônico, usualmente atrelado a carga excessiva de trabalho. É um tipo de resposta prolongada a estressores emocionais no trabalho.
O quadro consiste no trabalhador que antes era envolvido com seus pacientes, com seus clientes ou com o trabalho em si, mas em determinado momento ele perde sua energia, e esgota-se. O termo burnout possui origem no termo em inglês, em que quer dizer que a pessoa “queima” até o fim as suas energias.
O trabalhador passa então a ficar desinteressados pelo serviço, perdendo o sentido para o profissional e fazendo com que qualquer esforço lhe pareça inútil.
Segundo Maslach e Jackson, a síndrome é composta por três elementos centrais:
- Exaustão emocional (desgaste emocional, esvaziamento afetivo)
- Despersonalização (reação negativa, insensibilidade, afastamento excessivo do público que deveria receber os seus serviços ou cuidados)
- Diminuição do envolvimento emocional com o trabalho (sentimento de incompetência)
Quem sofre mais com a Síndrome de Burnout?
O grupo de pessoas que mais sofre com a síndrome de burnout são principalmente profissionais das áreas de serviços, que possuem contato direto com os usuários. Alguns desses grupos seriam: professores, profissionais da saúde, policiais, assistentes sociais, agentes penitenciários, atendentes de telemarketing, entre outros.
O risco da síndrome de burnout é maior para aquelas pessoas que possuem a ameaça de mudanças repentinas na jornada de trabalho e possível declínio na situação econômica.
Sintomas e Diagnóstico
Como sintoma da síndrome de burnout, podemos observar o principal que seria a sensação de cansaço e esgotamento físico e emocional. Ao mesmo também, também é observado sintomas como:
- Agressividade
- Afastamento das atividades
- Sentimento de impotência para realizar o que foi proposto
- Isolamento
- Dificuldade para se concentrar
- Pessimismo
- Baixa autoestima
Podem aparecer também sintomas depressivos e ansiosos de acordo com o caso, como falta de motivação e desânimo acentuado.
Além disso, podem estar presentes sintomas físicos como dor de cabeça, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares e manifestações gastrointestinais.
Para que seja feito o diagnóstico, deve ser observado a história do paciente e como se dá sua relação com o trabalho.
Consequências da Síndrome de Burnout
As consequências da síndrome de burnout podem afetar não somente o campo profissional da vida do paciente, mas também seus relacionamentos com a família e colegas de trabalho.
Por conta da maior agressividade e afastamento, a pessoa passa a relacionar de forma mais fria com as pessoas ao seu redor. O sentimento de esgotamento, de falta de energia também contribui para que não sejam mantidos os vínculos sociais tão fortes.
No trabalho, consequências como brigas e desentendimentos com os colegas podem ser apresentados. Assim, atividades que demandem trabalho em equipe são totalmente prejudicadas.
A produtividade também é outro ponto que é muito afetado por conta da síndrome. Todos os sintomas de esgotamento, cansaço, agressividade e falta de concentração contribuem para que a pessoa produza menos no trabalho.
Tratamento para a Síndrome de Burnout
O tratamento da síndrome de burnout é feito por meio de psicoterapia, tratamento medicamentoso e intervenções psicossociais. Para cada caso, deverá ser avaliado quais os métodos de tratamento mais eficazes, dependendo da gravidade e suas especificidades.
Psicoterpia
A psicoterpia é indicada para que o paciente possa ressignificar sua inserção no trabalho e em sua vida. Como o paciente encontra-se em uma situação de fragilidade e forte desinteresse em tudo que antes lhe era interessante, é essencial que haja esse suporte emocional.
Uma abordagem que é utilizada dentro da psicologia para tratar a síndrome de burnout, é a Terapia Cognitiva-Comportamental.
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Medicamentos
Por conta da possível presença de sintomas depressivos e aniosos, remédios antidepressivos e ansiolíticos podem ser recomendados para o paciente.
É importante que haja um acompanhamento de um psiquiatra, para prescrição dos remédios de acordo com o caso, para dosagem correta, tendo em vista que são medicamentos fortes.
Intervenções Psicossociais
Dependendo do caso, o médico deve avaliar a indicação de afastamento do trabalho, para realização do tratamento, como também ajudar o paciente no seu retorno. É ideal que isso seja feito em conjunto com o paciente.
A equipe de saúde deve estar sempre bem preparada para justificar suas recomendações para a organização onde o paciente trabalha. É também ideal que o médico esteja apto a lidar com as situações que surgirão após o retorno do cliente, com o risco de demissão, por exemplo.