Autores da Psicologia: Conheça os Principais Nomes
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02/07/2021As várias abordagens da Psicologia podem divergir em diversos temas, mas elas têm algo em comum: todas entendem que a infância é um período crítico na vida do sujeito, sendo responsável por configurar a descoberta da identidade, dentre outros processos fundamentais para o desenvolvimento saudável. Por isso, a Psicologia Infantil é tão importante.
Justamente por ter a missão de ajudar a criança a entender os seus sentimentos e nomeá-los, para, pouco a pouco, construir um repertório comportamental funcional. A Psicologia Infantil, então, investiga e analisa o comportamento de crianças com base na cognição, percepção, aflições emocionais, condições sociais e, até mesmo, físicas.
Quer saber mais? Então, continue a leitura para conhecer um pouco mais sobre a Psicologia Infantil!
O que é e qual é o objetivo da Psicologia Infantil?
A infância é um período caracterizado como um dos mais preocupantes, uma vez que os pais buscam proporcionar à criança o melhor que há em alimentação e desenvolvimento físico, por exemplo. Contudo, é preciso entender que a saúde mental também deve ser um tópico já acompanhado pelos pais, que deverão acompanhar os possíveis impactos no crescimento e a evolução das funções motoras que se relacionam ao aspecto emocional e cognitivo das crianças.
É nesse cenário que entra a Psicologia Infantil, um ramo das ciências psicológicas voltado para entender o funcionamento psíquico das crianças. Elas passam por vários estágios de desenvolvimento que impactam as suas ações e a percepção de mundo. Assim, qualquer desvio no processo natural de amadurecimento pode provocar sofrimento mental e, consequentemente, algum tipo de manifestação sintomática.
A grosso modo, a Psicologia Infantil tem o foco em trabalhar com cuidado as emoções, as percepções e os aprendizados da infância. Dessa forma, o terapeuta buscará compreender, por exemplo, as formas da criança falar, sentir, gerar conhecimento, criar imagens e construir relações. Esses aspectos são abordados a partir da experiência individual, com o intuito de detectar conflitos e ressignificar eventos.
O terapeuta acaba assumindo o papel de facilitador, sendo capaz de identificar os conflitos e auxiliar na busca de melhores alternativas para lidar com eles. Além disso, tem a função de orientar os pais a como intervir diante dessas vivências.
Como funciona a Psicologia Infantil?
Normalmente, as primeiras sessões envolvem os pais, para o terapeuta fazer a anamnese do caso e entender a visão dos pais a respeito das situações relacionadas à criança. As entrevistas iniciais tem o objetivo de reunir informações sobre a história da criança e conhecer a dinâmica familiar em que a criança está inserida.
Após a realização das entrevistas iniciais, o restante das sessões é realizado somente com o paciente, ou seja, com a criança. Como elas têm uma maneira singular de expressar os sentimentos e emoções, o atendimento lúdico é a melhor e mais usada alternativa para criar um vínculo entre terapeuta e paciente.
As brincadeiras poderão incluir massa de modelar, lápis de cor, jogos e qualquer outra atividade que permita que a criança compartilhe detalhes da vida pessoal de forma mais leve. É através do brincar que a criança expressará seu mundo simbólico, cabendo ao terapeuta estar atento para entender o que o paciente diz em meio às brincadeiras.
Eventualmente, alguns encontros com os pais poderão ser necessários para alinhamento de plano de tratamento e/ou esclarecimento de algum ponto trazido pela criança durante os atendimentos. O envolvimento dos pais neste processo é imprescindível para sua evolução, bem como a parceria com a escola, já que a criança tende a passar boa parte do dia no ambiente escolar.
Como é a atuação do psicólogo com as crianças?
O Psicólogo Infantil pode atuar em escolas, hospitais e grupos de apoio, tendo grande interface com a Pedagogia, por exemplo. Estar envolvido em uma equipe multidisciplinar capacita o terapeuta a entender as possíveis alternativas de tratamento que consigam potencializar o bem estar biopsicossocial do paciente.
Quando está no consultório privado, o psicólogo infantil costuma exercer seu serviço em contato direto com o paciente e a família. Essa é a atuação mais conhecida pelo senso comum, pois se trata da configuração de terapia já amplamente difundida, porém com ênfase em intervenções lúdicas.
Por outro lado, em escolas o profissional vai atuar com a promoção do acompanhamento do progresso cognitivo, linguístico e emocional dos alunos. O papel do psicólogo nesse ambiente é fundamental, pois é onde a criança passa boa parte do seu dia e aprende a conviver com outras.
Ademais, quando falamos em hospitais, a presença do psicólogo infantil será no apoio aos pacientes que precisam lidar com traumas ou dificuldades. Existem diversos pacientes infantis internados e/ou passando por tratamento intensivo e, por isso, o terapeuta irá acompanhá-lo para garantir que essa fase não tenha impacto negativo no desenvolvimento daquela criança.
Por fim, o psicólogo pode oferecer suporte para vários grupos de pessoas em condição vulnerável por meio de apoio comunitário. Normalmente, nesse caso, atendem regiões carentes ou afetadas por carência material.
Como a TCC pode ajudar nas terapias infantis?
A Terapia Cognitivo-Comportamental se apropria de técnicas e de linguagens não verbais que fazem parte do ambiente lúdico infantil construído com o objetivo de criar uma relação para, de alguma forma, conversar com a criança sobre os seus sentimentos e comportamentos.
A partir da década de 1980, houve crescimento da difusão da aplicabilidade da Terapia Cognitivo-Comportamental com crianças e adolescentes. Assim, com base nesse crescimento mostrou uma maior consistência.
As propostas de tratamento retomam a importância das intervenções focadas nas emoções e do caráter interpessoal de construção do conhecimento. A terceira onda em TCC propõe intervenções que explicitam detalhadamente o papel adaptativo das emoções. Isso possibilita a ampliação de visão e aprimoramento dos tratamentos em TCC com crianças e adolescentes.
É importante ir ao médico o mais rápido possível se você estiver com sintomas de qualquer coisa errada com o seu corpo, para que não seja “tarde demais” para um tratamento.
A Psicologia Infantil segue o mesmo raciocínio. Quanto mais cedo a criança for inserida no contexto da terapia, mais chances há de os traumas vividos não o acompanhem pelo resto da vida.
Logo, estudar sobre o tema é o primeiro passo para estar preparado para atender crianças com intervenções que realmente façam sentido para aquela criança.
Pensando nisso, sugerimos o curso de Terapia Cognitivo-Comportamental na Infância e Adolescência, a porta de entrada para conhecer o que envolve a Psicologia Infantil.