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24/11/2021Entender sobre a Síndrome das Pernas Inquietas: como aliviar, o que é e como identificar é papel de qualquer profissional da área. Contudo, é preciso bastante cuidado para não iniciar um suposto tratamento sem comprovação científica, pois, ainda que haja diminuição imediata dos sintomas, grande parte deles não irá tratar de fato a sua causa.
Dessa forma, o primeiro passo quando se pensa em alívio dos sintomas da Síndrome das Pernas Inquietas, é entender que há necessidade de uma equipe multidisciplinar para acompanhar o caso. Isso porque a maioria dos pacientes acabam desenvolvendo outros transtornos como consequência da doença em si.
Nesse artigo você irá descobrir como aliviar a Síndrome das Pernas Inquietas, então continue a leitura.
Síndrome das pernas inquietas: como identificar
Os sintomas da Síndrome das Pernas Inquietas começam a ser demonstrados pelo paciente. Nesse caso, é preciso que ele observe bastante como e quando eles estão começando a ser manifestados. A equipe médica irá, no primeiro momento, se basear nesses relatos compartilhados pelo paciente e realizar uma anamnese.
Dentre os principais sintomas, podemos citar:
- sensação de desconforto;
- vontade de manter as pernas sempre em movimento;
- dor;
- formigamento;
- pontadas e fisgadas;
- arrepios;
- queimação;
- sensação de latejamento;
- algumas crises de movimento periódico ao longo da noite (o ato de chutar involuntariamente enquanto dorme).
Caso o paciente tenha histórico da doença na família, a chance do desenvolvimento desses sintomas tende a aumentar. No entanto, para que o diagnóstico da síndrome seja feito de forma assertiva, é importante atentar-se que os sintomas piorem durante a noite, iniciem ou piorem quando o paciente está em repouso e haja a compulsão por mexer as pernas e estar em movimento constante.
O exame de polissonografia é normalmente recomendado para grande parte dos casos. Mas, podem ser realizados, além disso, alguns tipos de exames de sangue ou testes de condução nervosa, com o objetivo de excluir quaisquer outras causas de doença.
Além do fator genético, é sabido que há maior tendência do aparecimento da doença em pessoas que têm deficiência de dopamina e de ferro em áreas motoras do cérebro, por exemplo.
Síndrome das pernas inquietas: como aliviar
Intervenção Medicamentosa
A intervenção medicamentosa é uma das principais maneiras de aliviar os sintomas das pernas inquietas, desde que seja acompanhada por um médico, que irá direcionar o melhor medicamento e na dose adequada para o tratamento daqueles sintomas.
Normalmente, os principais medicamentos receitados para os pacientes com Síndrome das Pernas Inquietas são os dopaminérgicos, ligantes dos canais de cálcio, opióides e benzodiazepínicos. A dose e combinação irá ser gerida pelo médico, que sempre terá como objetivo a manutenção do mínimo possível, observando as possíveis interações medicamentosas.
Existem, também, alguns remédios que podem causar ou até mesmo piorar os sintomas da doença, como os anti-histamínicos mais antigos (difenidramina como o Benadryl), remédios anti náusea (metoclopramida/Reglan), antipsicóticos (haloperidol/Haldol ou olanzapina/Zyprexa), lítio, inibidores seletivos da recaptação da serotonina (Prozac), sertralina (Zoloft) ou os antidepressivos tricíclicos (amitriptilina/Elavil, amoxapina/Asendin).
Ressaltamos que essas indicações são de uso dos profissionais. A automedicação é perigosa e pode causar sérios efeitos. É de extrema importância que os médicos e profissionais de saúde tenham conhecimento de todos os medicamentos que o paciente toma normalmente, sejam os prescritos ou sem receita.
Autoconhecimento
Além disso, é importante que o paciente tente buscar a origem dos sintomas, para que seja mais fácil atuar precisamente naquilo que os está potencializando. Os hábitos que a pessoa tem podem criar uma ambiente propício para o desenvolvimento deles, então é recomendável que o paciente abra mão (ou pelo menos diminua) do uso de cafeína, álcool e tabaco.
Hábitos saudáveis de sono
A higiene do sono é um grande parceiro do paciente com Síndrome de Pernas Inquietas, pois o ajuda a ter uma noite de sono tranquila e de qualidade. Nesse sentido, dormir melhor tende a fazer com o que o paciente não presencie os sintomas de forma intensa, sendo uma vertente bem importante do tratamento.
Ainda que dormir melhor não trate os sintomas em si, pode ajudar o paciente a compensar a perda de sono que sofreu em razão do desgaste físico e mental proveniente da doença. Assim, para ter uma noite de sono de qualidade, é importante orientar o paciente a:
- Dormir e acordar nos mesmos horários todos os dias;
- Manter o quarto que irá dormir fresco e o mais silencioso e escuro possível;
- Reduzir, ao máximo, as distrações como televisão e celular no quarto;
- Evitar o uso de telas eletrônicas por duas a três horas antes de dormir.
Atividade física
A prática de atividade física tende a ajudar o paciente no alívio dos sintomas da Síndrome das Pernas Inquietas.
O National Institutes of Health afirma que exercícios moderados podem ajudar a aliviar sintomas leves e um estudo de 2006 com 23 pessoas com a síndrome descobriu que exercícios aeróbicos e treinamento de resistência voltados para a parte inferior do corpo, que foram realizados 3 vezes por semana durante 12 semanas, diminuíram significativamente os sintomas.
Yoga e Alongamento
Um estudo publicado pelo Journal of Alternative and Complementary Medicine, realizado durante oito semanas, em 2013, com 10 mulheres, descobriu que a yoga ajudou a reduzir os sintomas de SPI. Além disso, ajuda a melhorar o humor, reduzir os níveis de estresse e, consequentemente, melhorar o sono das pacientes.
Ademais, outro estudo publicado pelo National Library Medicine, em 2012, elucidou que a yoga melhorou o sono em 20 mulheres com a Síndrome das Pernas Inquietas. Dessa forma, é recomendável que os pacientes insiram a prática de yoga e os exercícios de relaxamento na rotina, ainda que de forma gradual.
A Síndrome das Pernas Inquietas provoca sintomas que causam o desgaste físico e mental dos pacientes. Porém, existe uma série de alternativas que podem ser tomadas ao longo do tratamento que conseguem aliviar os sintomas.
Antes de tudo, é preciso que o paciente saiba identificar os sintomas para que informe ao médico o mais breve possível. Isso irá permitir que seja desenhado um tratamento personalizado para alívio dos sintomas e desenvolvimento da qualidade de vida. Não se trata de uma doença fatal e a participação ativa do paciente é a chave para que o tratamento seja realmente eficaz.
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