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10/11/2021É comum ouvirmos relatos de pessoas que dizem ter uma “sensação de agonia nas pernas” que não parece ter fim. Esse sintoma é bem característico da Síndrome das Pernas Inquietas (SPI). A doença é caracterizada por uma condição neurológica específica e acomete, hoje, cerca de 5% da população mundial.
Normalmente o incômodo é relatado pelos pacientes à noite, tornando o sono um desafio para grande parte deles. O ponto interessante da síndrome é que, ainda que sintam o desconforto de forma intensa, os pacientes tendem a ter dificuldade para relatar o que sentem de fato.
Continue conosco para aprender detalhes importantes sobre a Síndrome das Pernas Inquietas.
O que é a Síndrome das Pernas Inquietas?
O Manual MSD (Merck Sharp and Dohme) define a Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) como condição que “envolve uma vontade irresistível de mover e sensações geralmente anormais nas pernas, braços ou ambos, quando as pessoas ficam sentadas ou deitadas”.
Também conhecida como doença de Willis-Ekbom, a Síndrome das Pernas Inquietas é uma condição peculiar, marcada pelo desejo irresistível de movimentar as pernas, o que provoca uma movimentação praticamente involuntária por parte do paciente.
A SPI é considerada como um distúrbio de sono, uma vez que acontece quando o paciente está em seus momentos de repouso e/ou à noite, quando ele se deita para dormir. Devido a essa estreita relação, a síndrome tende a afetar significativamente a qualidade de sono dos pacientes, que passam a ter mais dificuldade para dormir.
Ademais, em virtude da síndrome, os pacientes tendem a despertar mais vezes ao longo da noite, dormir por menos horas que o necessário e apresentar sonolência excessiva diurna. Em alguns casos, também se torna desafiador ficar sentado por períodos prolongados, como viagens de carro.
O nome “pernas inquietas” se dá pela falsa sensação de que o movimento irá pôr fim ao desconforto. Porém, ele provoca apenas uma alívio temporário, alimentando a necessidade do paciente em se mexer constantemente na própria cama, insistir em massagens ou, até mesmo, caminhar por longos períodos.
Trata-se de uma doença que pode surgir em todas as idades, porém, o mais comum é que a Síndrome das Pernas Inquietas se manifeste após os 45 anos de idade, principalmente em mulheres. Outro ponto agravante para o aparecimento da doença é a existência de parentes próximos que já tenham sido acometidos por ela.
Sintomas da SPI
Os sintomas de síndrome das pernas inquietas podem ser leves ou moderados, dependendo de cada caso. Em muitos deles, a SPI não traz nenhum malefício ao paciente, ainda que alguns necessitem de acompanhamento médico para tentar controlar.
Dentre os principais sintomas, podemos citar:
i) a vontade forte e praticamente incontrolável de colocar as pernas em movimento constante, sempre que o paciente está sentado e/ou deitado;
ii) desconforto intenso em caso de impossibilidade de movimentação das pernas;
iii) chutes e movimentos involuntários durante o sono, dificultando ou impossibilitando o repouso do paciente durante o sono;
iv) pontadas, formigamento, dores e/ou fisgadas na perna.
A manifestação de sintomas é parte fundamental para a análise do caso como um todo. No entanto, cabe ressaltar a importância de profissionais da saúde (médicos, psiquiatras e psicólogos, por exemplo) na conclusão do diagnóstico.
Possíveis causas da Síndrome das Pernas Inquietas
O National Institute of Neurological Disorders and Stroke, em seus estudos e acompanhamentos, afirma que os motivos para o desencadeamento da Síndrome das Pernas Inquietas nem sempre são claros. Vários estudos são produzidos hoje ao redor de todo o mundo para entender a relação do histórico de vida com o desenvolvimento do quadro.
Em alguns casos, identifica-se problemas de saúde como a deficiência de ferro ou comportamentos que possam estar ligados ao diagnóstico, como o abuso de medicamentos.
Uma pesquisa realizada pela American Neurological Association com Ressonância Magnética Funcional (técnica especial de protocolos de pesquisa) elucida que a causa dos sintomas da SPI passa por uma deficiência relativa de ferro nas células do sistema nervoso e em anormalidades da neurotransmissão de dopamina.
Pacientes que tomam antidepressivos, anti-histamínicos sedativos ou medicamentos anti-náusea também podem desenvolver a Síndrome da Pernas Inquietas. Nesse caso, a síndrome é secundária ao uso de medicamentos.
Como tratar a Síndrome das Pernas Inquietas
Existem diversas alternativas para o tratamento da SPI, ainda que seja uma condição que não tenha cura ainda. Contudo, a Mayo Clinic ressalta que, como a deficiência de ferro é uma causa reversível da síndrome das pernas inquietas, uma primeira abordagem é a suplementação de ferro. Para isso, basta medir as reservas de ferro no corpo e ajudar a determinar quem pode se beneficiar desta terapia.
A atividade física é uma alternativa bem interessante para o tratamento da síndrome, desde que o paciente se atente a alguns detalhes. Dependendo da gravidade dos sintomas, o exercício pode ajudar a reduzir o desconforto, enquanto em outros pode ser fonte de dor..
Esse é um dos motivos pelos quais é imprescindível o acompanhamento médico para o tratamento da Síndrome das Pernas Inquietas. Ele será responsável por identificar quaisquer necessidades de prescrição de medicamentos para o tratamento de problemas oriundos da SPI.
Nesse contexto, geralmente são usados medicamentos como o pramipexole, a levodopa/benzerazida, a gabapentina e os diazepínicos. Estudos controlados publicados em 2012 observaram boa resposta ao tratamento com pregabalina, por exemplo.
Além disso, o acompanhamento psicoterapêutico se torna fundamental para investigar sobre possíveis traumas que possam estar relacionados à síndrome. Além de ajudar o paciente a entender os sentimentos que estão conectados ao ato de balançar as partes do corpo para evitar o desconforto.
Por fim, alternativas como meditação e yoga também podem ser promissoras, visto que podem promover o relaxamento que o paciente precisa para realmente entender quais pontos estão conectados uns com os outros.
A Síndrome das Pernas Inquietas é um quadro bastante comum no cenário mundial, ainda que não seja um diagnóstico fatídico. Com o devido acompanhamento multidisciplinar, o paciente consegue desenvolver comportamentos cada vez mais saudáveis e vinculados a um repertório positivo, entendendo, assim, as emoções por trás do desconforto produzido por precisar se movimentar a todo o momento.
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