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18/05/2021Psicologia Cognitiva Comportamental: O Que É e Como Funciona!
08/06/2021A Psicologia possui diversas abordagens, cabendo ao profissional escolher a que melhor se adequa à sua visão de mundo e visão de homem. As técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) estão dentro de uma dessas abordagens.
Com efeitos comprovadamente promissores no tratamento de diversos quadros, estas técnicas foram elaboradas para ajudar o profissional nas intervenções terapêuticas passadas ao cliente.
Continue a leitura para conhecer um pouco mais dessas técnicas.
Psicoeducação
A técnica da Psicoeducação é básica, porém de suma importância para o estabelecimento da confiança entre terapeuta e paciente. Ela consiste basicamente em explicar as questões importantes do tratamento diretamente ao paciente.
Essa explicação tem que ser feita de uma forma simples, didática e obedecendo a linguagem em que o paciente se sente mais confortável. Nesse momento, o terapeuta irá compartilhar dados sobre o diagnóstico, detalhará as atividades que serão realizadas durante e após a sessão e todos os pontos que forem relevantes para o tratamento do cliente.
Ela foi pensada para fortalecer o conceito de que o paciente é o protagonista do seu tratamento. Isso porque, em grande parte dos casos, algumas pessoas são encaminhadas à terapia com poucas informações sobre o problema que enfrentam. Essa técnica de terapia cognitivo-comportamental é, então, essencial para o estabelecimento de confiança na relação.
Tomando decisões
O paciente pode relatar dificuldade para se posicionar a ponto de tomar uma decisão, podendo sofrer impacto negativo em vários aspectos da vida. Logo, essa técnica tem como objetivo ajudar o paciente a entender o que ele realmente quer e o que será bom para ele.
Para isso, o terapeuta pede ao paciente para ele escrever, em uma folha em branco, as vantagens e desvantagens de cada opção. O terapeuta pode até ajudar o paciente a conseguir organizar a lista, mas é importante que cada ponto seja elucidado pelo próprio sujeito.
Em seguida, é solicitado que o paciente atribua um nível de importância para cada ponto, classificando de 1 a 10, ou até mesmo circular os pontos que, segundo ele, são mais cruciais. Após isso, o terapeuta incita o paciente a analisar os itens que listou como mais importantes e dizer o que acha sobre isso.
Registro de pensamentos disfuncionais
Para identificar os pensamentos disfuncionais, nessas técnicas de terapia cognitivo comportamental, o terapeuta pede que o paciente registre os pensamentos desagradáveis que surgem em determinadas situações. Se o sujeito tem dificuldade de se relacionar com outras pessoas, por exemplo, ele deve escrever o que pensa quando conhece uma pessoa ou como é a ansiedade que sente diante da possibilidade de se expor.
Em grande parte dos casos, também é solicitado que sejam registrados sentimentos, reações físicas e comportamentos relacionados a esses pensamentos. Assim, o paciente consegue, pouco a pouco, tomar consciência de si, bem como entender os padrões negativos que estão impactando sua vida.
Dessensibilização sistemática
Essa técnica de terapia cognitivo-comportamental também é bastante comum para tratar pacientes. Por meio dela, o paciente é exposto aos elementos que lhe causam medo, de maneira gradual, segura e guiada pelo terapeuta. O objetivo maior é ajudar o paciente a entender que ele tem o controle da situação.
É importante ressaltar que a exposição não é realizada de forma física, justamente para evitar a potencialização de um trauma e/ou fobia. O terapeuta conduz o paciente através da imaginação, levando o paciente em uma viagem para encarar sua ansiedade. As técnicas de relaxamento também são fortemente usadas nesse processo, para suavizar ainda mais a exposição.
Observador distante
Os pacientes apresentam, em grande parte das vezes, problemas que são complexos pelo fato de não conseguirem encará-los de forma objetiva. Como eles estão imersos na situação, tendem a ter o julgamento contaminado, podendo criar um caminho longo até a solução de fato.
Essa técnica busca estimular que o paciente utilize sua imaginação para visualizar seus problemas como se fossem uma peça ou representação. Dessa forma, torna-se viável a diminuição de reações emocionais negativas, proporcionando uma análise mais racional e lúcida dos aspectos da vida.
Role-play racional-emocional
Essa técnica é usada comumente em pacientes que ainda se sentem emocionalmente conectados às suas crenças. Nesta espécie de atuação, o cliente representa a parte “racional” da sua mente, enquanto o terapeuta dramatiza a parte emocional.
Nesse contexto, o paciente é orientado a argumentar contra seu pensamento negativo.ao longo da sessão os papéis são invertidos, para que o paciente seja incentivado a nutrir o distanciamento emocional de determinadas situações.
Questionamento socrático
O questionamento socrático propõe que o terapeuta faça uma série de perguntas ao paciente. O foco é em ajudá-lo a entender mais aprofundadamente sobre os próprios pensamentos e sentimentos.
Durante a sessão, o paciente é colocado diante de perguntas que detalham e promovem a reflexão, fazendo-o pensar sobre as relações complexas que a mente dele estabelece. O objetivo maior é trabalhar com o paciente as distorções cognitivas, de forma a tirá-las do repertório do paciente, ainda que gradualmente.
Ao fazer perguntas, ele possibilita que os pacientes entendam melhor seus pensamentos e tomem suas próprias decisões. Contudo, é importante que o terapeuta não forneça respostas para as perguntas, pois cabe ao paciente compreender as próprias alternativas de resolução de problemas, partindo da reflexão e análise dos próprios pensamentos e sentimentos envolvidos com os comportamentos relatados.
Parada do pensamento e autoinstrução
Controlar os próprios pensamentos e ações costuma ser bastante complexo, ainda mais quando ansiedade ou algum tipo de transtorno fazem parte do quadro do paciente. Por meio dessa técnica, o paciente é orientado a identificar ideias que o fazem mal e dar um comando de “pare” sempre que elas aparecerem.
Essa é uma das maneiras encontradas pela Terapia Cognitivo-Comportamental para identificar distorções cognitivas e exercer maior autocontrole sobre elas, diminuindo seus efeitos negativos.
Os resultados conquistados são extremamente promissores, uma vez que o paciente aumenta a consciência sobre o que pensa e exercita seu poder de tanto interromper quanto modificar os pensamentos.
Existem centenas de técnicas de Terapia Cognitivo-Comportamental e, devido a isso, cabe ao terapeuta entender qual é a mais aplicável para cada caso. O uso correto das técnicas consegue potencializar a qualidade de vida do paciente, que passa a construir autonomia sobre a própria vida.
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